IKKI! - CONTO DE PAULO EDUARDO

O BLOG LITERANIS ENTREVISTA EDVALDO LIMA (EDVALDO CORDELISTA) 

Edivaldo Cordelista, pseudônimo de Edivaldo de Lima Gadelha, nasceu em Goiana-PE. É professor de História. Na faculdade, participou de uma aula visita ao Engenho Uruaé, em Goiana-PE, quando fez seu primeiro poema. Em 2007 conheceu o cordelista Davi Teixeira, com quem teve seus primeiros passos para escrever cordéis. Já escreveu mais de 101 cordéis com diversos temas: romances, cômicos, didáticos, etc. Alguns destes estão sendo trabalhados nas escolas. O poeta também é xilogravurista, arte-educador, e ministra palestras e oficinas nas escolas. Além de poeta é supervisor técnico em desenvolvimento de embalagem em papelão ondulado. É componente da Diretoria do Grupo Terça com Poesia (TCP), um dos fundadores do Clube de Leitura do TCP e integrante do IHAGGO (Instituto Histórico Arqueológico de Goiana-PE). Sempre simpático e prestativo, Edvaldo concordou em abrir uma pausa em sua agenda apertada para conceder esta entrevista ao Blog Literanis. Breve Edvaldo terá um poema publicado aqui.

LITERANIS - Poeta e cordelista...Qual a diferença entre esses dois termos?

EDVALDO CORDELISTA - Acredito que esses termos são empregados a todos os cordelistas, porém, faço uma ressalva: todos os cordelistas são poetas, mas nem todos os poetas são cordelistas.

LITERANIS - Qual é o papel do cordel nos dias de hoje?

O papel do cordel não só nos dias de hoje, mas ontem, hoje e amanhã,  é de extrema importância, pois o cordel é vida para quem quer interagir com a cultura. O cordel foi, no passado, a cartilha de alfabetização de muitas pessoas, que não tiveram acesso às escolas, e hoje continua sendo um instrumento importante na Educação, Inclusive nos temas transversais.

LITERANIS - Como é o cenário para o Cordelismo em Goiana atualmente?

Não só em Goiana, como em todos os lugares, não se valoriza devidamente a cultura do cordel. Acredito que existam pessoas que nem conheçam a Literatura de Cordel. mas nós, cordelistas, fazemos nossa parte em divulgação, que é divulgar e tentar multiplicar pessoas que queiram aprender essa arte cultural através de palestras, exposições e oficinas. 

LITERANIS - Como tem sido sua relação com o Grupo Terça com Poesia?

Minha relação com o Grupo Terça com Poesia tem sido para mim algo de extrema importância. É um caso de amor, posso falar assim, pois ele (o Terça) tem sido o elo entre o poeta e o público. Sempre que vejo um poeta solitário, digo, sem ter um palco, eu o convido para fazer parte do nosso grupo, e é este grupo que tem feito que muitos poetas vivos apareçam, e digo mais, o grupo consegue fazer com que os poetas e poetisas descubram o talento que eles nem imaginavam ter. Esse é o papel do Terça. Muito importante. 

 

LITERANIS-Que conselhos você dá para quem quer começar nos caminhos do Cordelismo?

Que leiam cordéis. Não só os meus, mas de todo e qualquer poeta e participem de oficinas. O cordel faz você se descobrir, descobrir o cordelista que você nem imagina ser. Por incrível que pareça, foi assim comigo.